SAÚDE

Estado emite Avisos para regiões de Taquara e Bagé

Municípios apresentam as menores proporções de população com esquema vacinal completo e ritmo lento na aplicação da primeira e segunda doses
Da Redação / Publicado em 24 de novembro de 2021

Foto: Divulgação/SESRS

Depois de comemorar a aplicação da primeira dose em 50,9% dos adolescentes gaúchos na primeira quinzena de outubro, o estado volta a registrar queda na vacinação em novembro: metade dos jovens dos 18 e 29 anos não retornaram para receber a segunda dose

Foto: Divulgação/SESRS

Após reunião do Gabinete de Crise nesta quarta-feira, 24, o governo do estado divulgou a emissão de dois Avisos para as regiões covid-19 de Bagé e de Taquara. As outras 19 regiões não receberam Avisos ou Alertas. A reunião foi coordenada pelo vice-governador Ranolfo Vieira Júnior.

O Aviso é o primeiro passo do Sistema 3As de Monitoramento, com o qual o governo do estado gerencia a pandemia no Rio Grande do Sul. Conforme os técnicos do GT Saúde, o principal motivo para a emissão de alertas foi a baixa vacinação em ambas as regiões.

A região Covid de Taquara (R06) apresenta a menor proporção da população com esquema vacinal completo no estado entre as 21 regiões, de apenas 54,5%. A região também registra a menor proporção da população com ao menos uma dose – 69,8% –, e a menor proporção da população com idade superior a 70 anos com dose de reforço: 47%. No estado, essa proporção chega a 59% dos grupos etários superiores.

A região Covid de Bagé (R22) é a segunda com menor proporção de vacinados com esquema completo entre as 21 regiões – somente 59,1%. A região também apresenta a maior parcela da população com esquema vacinal incompleto, de 20,6%, indicando estabilização precoce da vacinação completa.

Observa-se que, desde a segunda quinzena de outubro, o percentual de vacinados completos na região de Bagé avançou somente 3,6 pontos percentuais, de 55,5% para 59,1%. Em todo o estado, no mesmo período, avançou-se 9,7 pontos percentuais, de 57,6% para 67,3% de vacinados completos.

Na semana passada, o governo do estado anunciou alterações no procedimento de combate à pandemia. Diante da estabilização dos números da pandemia no RS, o Gabinete de Crise passa a fazer recomendações a respeito de quais protocolos devem ser adotados – com exceção de algumas regras obrigatórias que ainda deverão ser seguidas por todas as pessoas.

NÃO VACINADOS – No início do mês, a Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) alertou que em torno da metade dos adultos jovens (entre 18 e 29 anos) que receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus não retornou para a segunda dose. “Todo esse grupo está com cobertura menor de 60% para a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Isso é muito grave. É baixíssima”, explica a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri. “Precisamos que a população complete o esquema vacinal para que exista a imunização coletiva e para diminuir a circulação do vírus”, enfatiza.

QUADRIMESTRE – Em audiência com os deputados da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da ALRS, a secretária de Saúde, Arita Bergmann, destacou que o os últimos quatro meses foram marcados pelo declínio no número de casos e de óbitos de covid-19, principalmente a partir de julho e de agosto. Atualmente, o estado conta com 95,1% da população adulta imunizada com a primeira dose e 85,1% já contam com as duas doses, que oferecem proteção mais completa. As duas regiões com avisos são exceções.

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