Morte de 530 bebês indígenas após saída de médicos cubanos
Foto: Alejandro Zambrana/Sesai-MS/Divulgação
Foto: Alejandro Zambrana/Sesai-MS/Divulgação
Após saída de médicos cubanos, as mortes de bebês indígenas cresceu 12%. Depois de conseguir chegar a níveis historicamente muito baixos no período que coincidiu com a execução do Programa Mais Médicos, a mortalidade de bebês indígenas voltou a subir em 2019, após saída dos médicos cubanos que atuavam pelo programa, retornando aos patamares anteriores à iniciativa. Os dados são do Ministério da Saúde e da Lei de Acesso à Informação.
Entre janeiro e setembro de 2019 — último mês com estatísticas disponíveis —, morreram 530 bebês indígenas com até um ano de idade. Esta alta de 12% é em relação ao mesmo período de 2018. Indígenas e especialistas no setor citam entre as causas para o aumento o fim do convênio entre o Mais Médicos e o governo de Cuba, ocorrido no final de 2018, além de mudanças na gestão da saúde indígena no governo Jair Bolsonaro. Já no mês seguinte ao fim do convênio com Cuba, em janeiro de 2019, 77 bebês indígenas morreram — o índice mais alto para um único mês desde meados de 2010. A denúncia foi feita em reportagem da BBC Brasil.