Bolsonaro inelegível já é convicção até entre aliados
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Não bastasse os 51% dos eleitores brasileiros entrevistados pelo Datafolha acharem que Jair Bolsonaro (PL) será condenado por sua campanha contra as urnas eletrônicas e que ficará inelegível por oito anos, os próprios aliados do seu partido, o PL, já dão isso como fato.
Ainda sobre o Datafolha, outros 45% dos entrevistados disseram que Bolsonaro deve ser liberado pelo para concorrer nas próximas eleições. Já 4% não souberam responder. As pesquisas foram realizadas entre 29 e 30 de março em 126 cidades e presencialmente com 2.028 pessoas com idades acima de 16 anos.
O ex-capitão responde no Tribunal Superior Eleitoral (TST), entre outras coisas, por ataques ao sistema de urnas eletrônicas e a ministros do Superior Tribunal Federal (STF) durante uma reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022.
Depois de uma pesquisa encomendada pelo PL em março, nove entre 10 aliados do ex-presidente acham que a inelegibilidade são favas contadas. Até mesmo entre os mais próximos ao líder bolsonarista já é convicção.
A ação está em fase final e, tecnicamente, a partir da próxima sexta-feira, 7, o ministro relator Benedito Gonçalves já poderá preparar seu voto para submeter ao plenário da corte. Como os prazos processuais do TSE ficarão suspensos por conta do feriado da Semana Santa, vale contar o dia 10 de abril.
O que se diz nos bastidores entre advogados e entendedores é que Bolsonaro será considerado inelegível por 5 votos a 2. A informação é da jornalista Thaís Oyama, colunista do Uol.
Segundo a coluna, estrategistas e aliados do ex-presidente já especulam nomes para substituí-lo no próximo pleito, em 2026. O problema é que que a própria pesquisa encomendada pelo PL para medir o capital político do ex-presidente apontou que não existe um nome capaz de ocupar o mesmo espaço político.
Nem mesmo a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, a mais lembrada, desponta como alternativa viável.
A imensa maioria dos correligionários do ex-presidente preferiu não apontar substituto, por ora.
O que está em jogo são os 58 milhões de votos que Jair Bolsonaro conquistou nas últimas eleições.
Ao todo, ele é alvo de 16 ações em andamento no TSE.