Lula completa ministério com 26 homens e 11 mulheres e cede áreas estratégicas a aliados
Foto: Ricardo Stuckert
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira, 29, os nomes dos 16 ministros que faltavam para compor o seu governo.
“O povo brasileiro tem muita pressa em reerguer o país dos escombros do desgoverno Bolsonaro”, disse Lula ao nomear os novos integrantes do primeiro escalão, que totaliza 37 pastas, durante encontro em Brasília.
Ele abordou os desafios que serão enfrentados e reiterou sua disposição em “trabalhar incessantemente para reconstruir o país e devolver a dignidade ao povo brasileiro”.
“Vamos começar trabalhando, temos mais de 13 mil obras paralisadas. Precisamos gerar emprego, pagar salário e distribuir renda, esse povo tem de ter o direito de sofrer menos” enumerou.
O presidente eleito afirmou que o primeiro escalão foi montado após muito trabalho, discussão e ajustes.
Pastas estratégicas
O governo teve que ceder para agradar partidos que ajudaram a eleger Lula, caso das pastas estratégicas como Previdência, que ficou com Carlos Lupi, presidente do PDT que bancou um dos maiores antagonistas a Lula, Ciro Gomes. O ministério das Comunicação ficará com Juscelino Filho, do União Brasil, partido que já flertou com o bolsonarismo.
Já o ministério do Planejamento será comandado pela senadora Simone Tebet, do MDB, importante aliança articulada pelos petistas na campanha de segundo turno, e que foi decisiva para a eleição de Lula. Uma aliança capaz de passar uma borracha no passado golpista da legenda de Temer, que ajudou a derrubar Dilma Rousseff.
“A partir da posse, vamos começar a discutir o segundo escalão, os cargos do governo federal em cada estado”, adiantou.
Lula anunciou ainda que, tão logo os ministros sejam empossados, ele fará uma reunião para traçar as prioridades dos primeiros dias de trabalho.
Em seguida, irá se reunir com os governadores para fazer um levantamento dos projetos de infraestrutura necessários ao país.
Confira os nomes anunciados nesta quinta-feira, 29, para o ministério, além dos líderes do novo governo na Câmara, Senado e Congresso:
Planejamento: Simone Tebet – senadora (MDB) e advogada
Meio Ambiente: Marina Silva – deputada federal (Rede), ambientalista e historiadora
Transportes: Renan Filho – senador (MDB) e economista
Cidades: Jáder Filho – presidente do MDB do Pará e empresário
Previdência: Carlos Lupi – presidente nacional do PDT e professor
Agricultura: Carlos Fávaro – senador (PSD) e agrônomo
Minas e Energia: Alexandre Silveira – senador (PSD) e advogado
Pesca e Aquicultura: André de Paula – advogado
Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira – deputado (PT) e advogado
Turismo: Daniela do Waguinho – deputada federal (União) e pedagoga
Comunicações: Juscelino Filho – deputado federal (União) e médico
Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta – deputado federal (PT) e jornalista
Esporte: Ana Moser – ex-jogadora de vôlei
Povos Indígenas: Sonia Guajajara – deputada federal (PSol) e educadora
Gabinete de Segurança Institucional (GSI): Gonçalves Dias – general da reserva
Integração Nacional: Waldez Goés – governador do Amapá
Líderanças
Câmara dos Deputados: José Guimarães (PT-CE)
Senado: Jaques Wagner (PT-BA)
Congresso: Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Ministros que já haviam sido nomeados:
Fazenda: Fernando Haddad (PT)
Justiça: Flávio Dino (PSB)
Defesa: José Múcio Monteiro
Relações Exteriores: Mauro Vieira
Casa Civil: Rui Costa (PT)
Relações Institucionais: Alexandre Padilha (PT)
Secretaria-Geral: Márcio Macêdo (PT)
Advocacia-Geral da União: Jorge Messias
Saúde: Nísia Trindade
Educação: Camilo Santana (PT)
Gestão: Esther Dweck
Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)
Ciência e Tecnologia: Luciana Santos (PCdoB)
Mulheres: Cida Gonçalves (PT)
Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)
Cultura: Margareth Menezes
Trabalho: Luiz Marinho (PT)
Igualdade Racial: Anielle Franco
Direitos Humanos: Silvio Almeida
Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)
Controladoria-Geral da União: Vinícius Marques de Carvalho