Trensurb sairá da lista de privatizações, disse ministro
Foto: Igor Sperotto
Foto: Igor Sperotto
O ministro-chefe da Casa Civil do governo federal, Rui Costa, garantiu que a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S/A (Trensurb) não será privatizada, como havia sido anunciado no governo anterior. No dia 8 de maio servidores realizaram paralisação cobrando uma posição do governo sobre a privatização e sobre a manutenção na administração de integrantes do governo Bolsonaro.
Em audiência realizada na terça-feira, 23, entre Costa e uma comitiva de deputados do Rio Grande do Sul, os presentes receberam a garantia de que a Trensurb será excluída do Plano Nacional de Desestatização (PND).
Segundo o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT), o ministro concordou que a privatização da empresa iria aumentar a tarifa, sem assegurar a melhoria na qualidade dos serviços aos usuários dos trens que transportam diariamente milhares de pessoas entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, na região metropolitana.
“Além disso, o governo teria de continuar subsidiando a passagem, porque a empresa privada precisa dar lucro”, disse o parlamentar.
Rui Costa disse aos deputados que, em Salvador, com uma tarifa de R$ 4,80, o passageiro pode usar o ônibus para ir até a estação, pegar o trem e ainda um segundo ônibus para chegar ao destino. Aqui, a passagem do Trensurb custa R$ 4,80.
Para a deputada federal Maria do Rosário (PT), “é uma vitória”, representando “uma grande conquista para o nosso povo gaúcho. Agora vamos trabalhar pela melhoria no serviço do transporte público da região metropolitana de Porto Alegre”.
A retirada da Trensurb na lista das privatizações será formalizada na assembleia de acionistas, que será realizada no próximo dia 16 de junho, quando acabará a gestão bolsonarista e será escolhido o novo Conselho de Administração e a diretoria executiva, a ser presidida pelo ex-prefeito de Pelotas e ex-deputado Fernando Marroni (PT).
Também participaram da audiência as deputadas Daiana Santos (PCdoB), Reginete Bispo (PT) e Fernanda Melchionna (Psol), os deputados.Miguel Rossetto (PT), Dionilso Marcon (PT) e Alexandre Lindenmeyer (PT), e o ex-deputado Henrique Fontana (PT).
A empresa vem sofrendo com sucateamento e com investimentos duvidosos nas últimas administrações e chegou a ser alvo de investigações no Ministério Público e do Cade.