Movimentos sociais promovem a 45ª Romaria da Terra
Foto: Romaria da Terra/ Divulgação
Organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Conselho Indigenista Missionário Sul (Cimi), Comissão das Pastorais Sociais e Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), a 45ª Romaria da Terra, que ocorre na terça-feira, 21, tem como lema “Terra e pão: em defesa dos territórios e produção da vida”.
A tradicional Romaria da Terra do RS leva milhares de romeiros e romeiras de diferentes lugares a se encontrarem para relembrar e celebrar os mártires da terra que tombaram defendendo a vida do povo empobrecido.
A programação começa às 7h30min com a recepção aos romeiros na Praça da Matriz na cidade de Eldorado do Sul (RS), a 17 quilômetros de Porto Alegre.
A partir das 9h, os romeiros farão uma caminhada de aproximadamente 3 quilômetros até o Assentamento Integração Gaúcha, onde haverá a Celebração Eucarística às 11h e almoço seguido de apresentações artísticas e expressões populares, às 13h.
Relações com os territórios
Imagem: Reprodução
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“A Romaria da Terra volta seu olhar para a temática da terra e do pão porque o Planeta Terra não é mercadoria, ele é nossa casa comum, é território de todos os povos, precisa ser cuidado com amor e respeito. A Romaria é feita para reavivar a memória, a fé, a esperança, o cuidado, a solidariedade com os pobres da terra, fortalecer as lutas sociais e melhoria das condições de vida do povo do campo e da cidade”, declara Luiz Antônio Pasinato, da coordenação da Comissão Pastoral da Terra do RS.
Pasinato destaca que o encontro será realizado em um assentamento da Reforma Agrária para expressar a luta e a organização dos movimentos do campo.
Para ele, são muitos os motivos que justificam a realização desse evento de fé, mística e luta pela terra. “O Assentamento Integração Gaúcha possui uma experiência importantíssima de práticas agroecológicas, na produção do arroz agroecológico, frutas e hortaliças que são comercializadas em feiras orgânicas e mercados da região Metropolitana de Porto Alegre. Produzir alimentos de qualidade, livres de agrotóxicos é uma missão que exige opção e vocação dos agricultores e agricultoras camponesas”, afirma.