Mulheres protestam neste sábado contra a violência de gênero
Foto: CUT-RS/ Divulgação
A CUT e demais centrais sindicais e movimentos sociais promovem neste sábado, 4, a partir das 16h, na Praça do Tambor, próxima à Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, mobilização contra as políticas econômicas recessivas do presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e alertam a população para o avanço do desemprego, da inflação, fome e miséria, combinados com a cultura machista ostentada pelo governante em suas manifestações e ações. O movimento promove atos na capital gaúcha, em municípios do interior e em todo o país.
Nesta sexta-feira, 3, mulheres da CUT-RS amanheceram na Estação Mercado Público do Trensurb, no centro da capital gaúcha, e distribuíram centenas de panfletos, convocando a população a participar do ato “Bolsonaro Nunca Mais”.
A manifestação está sendo organizada em diversas capitais por movimentos e coletivos feministas, centrais sindicais e partidos de esquerda, na luta pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, contra a fome, a miséria, o machismo, o desemprego, a violência e o genocídio.
INTERIOR – No Rio Grande do Sul estão previstas manifestações em Bagé (Praça do Coreto, às 15h; em Cachoeirinha (Rua Guajuviras próximo ao nº 240, às 10h); Caxias do Sul (Praça Dante Alighieri, às 16h); Encruzilhada do Sul (Praça Central, às 14h); Pelotas (Mercado Público, às 10h); Osório (Rodoviária Velha, às 10h); Santa Maria (Praça Saldanha Marinho, 14h30).
Um basta de violência contra as mulheres
Foto: CUT-RS/ Divulgação
Para a secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, é preciso reforçar a importância da participação nos atos deste sábado e chamar a atenção para o combate à violência. “Chega da violência de todas as formas! A fome é violência, o desemprego é violência, a falta de perspectiva é violência e a violência contra os nossos corpos também é e, por isso, precisam ser preservados. Chega de nos matar! Bolsonaro, nunca mais”, conclama.
A secretária de Meio Ambiente da CUT-RS, Eleandra Koch, aponta que “será mais um ato em defesa da vida das mulheres”, que são as principais vítimas das políticas nefastas do governo Bolsonaro.
“As mulheres são as primeiras a morrer nesse governo genocida, que maltrata a população, e que é o maior amigo do vírus. Nós estamos nas ruas de novo para dizer que as mulheres não suportam mais esse governo e neste sábado, no país inteiro, nós diremos: Ele não! Bolsonaro, nunca mais! Há luta, há esperança em defesa das mulheres”, ressalta Eleandra.
Resistência
Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, o combate à violência de gênero se tornou uma pauta urgente devido ao agravamento da cultura de ódio às mulheres promovida por Bolsonaro, “que desenvolve e protege o feminicídio”. Para o dirigente, o governo estimula esse tipo de violência.
“Mas nós estamos resistindo com a esperança de que superaremos esse momento tão difícil e tão ruim para a vida de todo povo brasileiro, especialmente para as mulheres, as mulheres negras e as mulheres trabalhadoras”, aponta.
Ao todo, 29 organizações nacionais, como a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento Negro Unificado (MNU), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), as mulheres da CUT e da CTB e as mulheres do PT, do PSOL e do PCdoB, apoiam o movimento.