MOVIMENTO

Dia Internacional da Mulher será marcado por críticas à reforma da Previdência

Trabalhadoras de todo o país vão às ruas, nesta sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, marcar posição contra a proposta do governo Bolsonaro
Por Valéria Ochôa / Publicado em 7 de março de 2019

Foto: Divulgação

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As manifestações foram organizadas pelas centrais sindicais e movimento social e têm como mote o slogan Pela vida das mulheres trabalhadoras. No Rio Grande do Sul, haverá atividade em Porto Alegre, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Rio Grande, Osório, entre outras.

Na Capital, a concentração inicia as 7h30, no Largo Glênio Peres, com uma feira orgânica seguida de café da manhã coletivo. As 10h começam os painéis com especialistas sobre violência contra as mulheres e reforma da Previdência. Às 17h, show de Roberta Moura. A mobilização encerra com um grande ato na Esquina Democrática. A programação foi construída por dezenas de mulheres do campo e da cidade.

ASSESSORIA JURÍDICA – Sindicatos montarão barracas para o atendimento gratuito de advogadas sobre violência doméstica e aposentadoria, visando conscientizar as mulheres acerca de seus direitos e suas conquistas. Um dos sindicatos engajados ao movimento é dos professores do ensino privado. “Somos uma categoria majoritariamente feminina. As mulheres são as mais prejudicadas nesta proposta de reforma da Previdência, apresentada pelo governo”,  expõe Margot Andras, diretora do Sinpro/RS.

“Vamos passar o dia inteiro dialogando com as mulheres e a população, chamando a atenção para as principais lutas que travamos, como o enfrentamento à reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que representa o fim do direito à aposentadoria”, destaca a diretora da CUT/RS, Vitalina Gonçalves. “Esta reforma acaba com o tempo de contribuição e institui uma idade mínima para se aposentar, sem levar em conta a realidade da mulher brasileira, que trabalha, cuida da casa e cria os filhos, muitas vezes sozinha, e ainda por cima recebe menos do que o homem para desempenhar a mesma função”.

A secretária de Mulheres da CUT/RS, Ísis Marques, ressalta que a violência, como o feminicídio, está matando, mutilando e assustando cada vez mais as mulheres. “A sociedade não pode continuar sendo machista, misógina e homofóbica”, salienta ao defender “o respeito à diversidade e aos direitos reprodutivos, bem como o fim da cultura do assédio sexual e do estupro”. Uma rádio ao vivo transmitirá informações úteis para as mulheres

8M no interior do Rio Grande do Sul

Rio Grande – 16h – concentração no coreto da Praça Tamandaré, onde haverá apresentações artísticas, oficinas, atividades culturais, artesanato. Às 19h haverá uma marcha pelas principais ruas do centro.

Pelotas – 13h – feira agroecológica das mulheres do MST, ensaio de batucada, roda de conversa, produção de camisetas, lenços. Às 17h, haverá um ato público.

Santa Cruz do Sul – 8h45 – concentração em frente ao INSS, seguida de caminhada até a Praça Getúlio Vargas, onde haverá programação cultural.

Osório – 14h – abertura da programação no Largo dos Estudantes: contação de histórias, dança, vídeos, show, performance teatral, debate. Às 19h30, encerramento com um grande ato.

Santa Maria – 16h – abertura da programação na Praça Saldanha Marinho, com atividades culturais. Às 18h, ato público.

Passo Fundo – 14h – na Câmara Municipal de Vereadores – Diálogos sobre a Violência contra as Mulher; e às 17h30 – concentração na Praça do Teixeirinha  para a Marcha das Mulheres.

Teutônia – 10h – concentração na Associação dos Funcionários da Languiru, seguida de caminhada.

Cerro Largo – 8h30 – concentração em frente a UFFS. 9h – Início da Marcha até a Praça Central, onde haverá um Ato.

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