Unisinos responde nota de repúdio da Federação Israelita sobre genocídio em Gaza
Foto: Reprodução/IHU
Após a nota de repúdio feita pela Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs) contra a Unisinos motivada pelo nome do evento “Israel e o Genocídio em Gaza”, realizada no dia 9 de abril, a universidade se manifestou por nota na tarde de ontem, 10. No comunicado, a instituição de ensino reforça a sua missão de promover a integração entre cultura, ética e tecnologia.
Confira a nota na íntegra:
“A Unisinos acompanha com atenção as manifestações decorrentes do recente evento organizado pelo Instituto Humanitas Unisinos (IHU) que abordou o conflito em Gaza. O IHU tem como missão o diálogo entre diversas áreas do conhecimento, promovendo a integração entre cultura, ética, ciência, tecnologia, sociedade e teologia pública. Após avaliar as repercussões do evento realizado na última terça-feira, o IHU publicou em seu site a nota da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, assegurando assim a diversidade de opiniões, em consonância com seu compromisso de fomentar ambientes plurais e democráticos de debate. Importante destacar que a Unisinos rejeita veementemente o antissemitismo, assim como qualquer forma de desrespeito à dignidade e aos direitos humanos. Além disso, defende que a paz requer o respeito ao diálogo, o que implica evitar que acusações prevaleçam sobre a genuína busca pelo entendimento e reconciliação.”
Entenda o caso
Após a realização da live pelo IHU, que contou com a presença do reitor da Universidade de Brasília (UNB), José Geraldo de Sousa Júnior, e do jornalista Luiz Cláudio Cunha, a Federação Israelita do RS publicou nota de repúdio afirmando ser mentirosa a acusação de genocídio e que o termo banaliza os fatos ocorridos durante o regime Nazista.
Confira a íntegra da nota da FIRS:
“A Federação Israelita do Rio Grande do Sul vem manifestar seu repudio ao evento realizado pelo Instituto Humanitas da UNISINOS, cujo título do debate afirma que Israel comete genocídio em Gaza.
É importante esclarecer que as alegações de que Israel estaria cometendo genocídio em Gaza são infundadas e não refletem a realidade dos eventos na região. A acusação falaciosa tem por objetivo subverter os fatos, relevando o massacre perpetrado pelo Grupo Terrorista Hamas, no dia 07/10, o maior massacre de judeus desde o Holocausto.
A mentirosa acusação de Genocídio visa tão somente banalizar o que ocorreu com o povo judeu durante o regime Nazista, que tinha por política o extermínio de um povo, o que não ocorre em Gaza.
Israel trava uma guerra contra o grupo terrorista Hamas e não contra o povo palestino. A tentativa de promover o genocídio ocorreu no dia 07/10, quando os terroristas tentaram implementar o que consta nos seus estatutos: o fim do Estado de Israel, assassinando, estuprando e torturando milhares de civis inocentes.
A realização de um evento em um ambiente acadêmico deve primar pela postura imparcial, respeitando a verdade dos fatos, dando voz a quem não pactua com uma narrativa distorcida, deixando que cada um tire suas conclusões, o que não ocorreu no evento de hoje.
A reiterada propagação de mentiras faz com que esta pareça uma verdade. E isso já ocorreu num passado recente, cujas consequências geraram a morte de milhões de pessoas. Entre elas, 6 milhões de judeus.”
Assista a íntegra da live:
Bárbara Neves é estagiária de jornalismo. Matéria elaborada com supervisão de César Fraga.