EDUCAÇÃO

Conselho Universitário aprova destituição de Marcelo Recktenvald da UFFS

Considerado um interventor pela comunidade acadêmica, o professor foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro em 30 de agosto passado como reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 2 de outubro de 2019
A decisão será encaminhada ao Ministério da Educação

Foto: Divulgação

A decisão será encaminhada ao Ministério da Educação

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Considerado um interventor pela comunidade acadêmica, o professor Marcelo Recktenvald, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro em 30 de agosto passado como reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), sofreu no último dia 30 se setembro o seu primeiro revés: O Conselho Universitário da UFFS aprovou o pedido de sua destituição. A decisão será encaminhada ao Ministério da Educação.

Recktenvald, que o Extra Classe apurou ter realizado curso de graduação em teologia em uma instituição de ensino repleta de denuncias e condenações por fraudes em emissões de diplomas, na consulta à comunidade acadêmica para o cargo ficou em terceiro lugar na contagem dos votos, ficando fora do 2º turno de votação.

Reitor da UFFS Marcelo Recktenvald

Foto: Reprodução Facebook

Reitor da UFFS Marcelo Recktenvald

Foto: Reprodução Facebook

Com Bolsonaro usando suas prerrogativas e desconsiderando uma tradição que desde 2003 ocorria nas universidades brasileiras (a escolha do reitor através de uma lista tríplice apresentada ao governo), desde o início da nomeação de Recktenvald a comunidade acadêmica da UFFS está mobilizada para denunciar o que chama de decisão perigosa à sociedade.

Em Assembleia, reunindo professores dos seis campi da universidade, foi deliberado pelo estado de greve. Em Chapecó, que sedia a reitoria da UFFS, uma ocupação de estudantes como protesto ocorre desde a nomeação do reitor escolhido por Bolsonaro. Nos campi de Chapecó e Erechim, cursos estão com as aulas paralisadas.

A decisão do Conselho Universitário da UFFS de destituição de Recktenvald, que se define nas redes sociais como “cristão, conservador, defensor da família, pastor batista e professor da UFFS, contou com 35 votos favoráveis, 12 contrários e duas abstenções. A reitoria ainda tentou argumentar que a destituição não foi aprovada porque os votos não chegaram aos 2/3 necessários das 54 cadeiras totais do colegiado. No entanto, como explicou o Sindicado dos Docentes da UFFS (Sinduffs) em nota, só 51 membros tinham direito ao voto na ocasião, excluindo o reitor e o presidente de sessão, que não têm direito a voto, e uma vaga que não está preenchida.

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