O país caminha para o aprofundamento da crise econômica
Foto: Marcelo Camargo/ABr
A Caixa Econômica Federal anunciou, no último dia de julho, uma redução de até 40% nas taxas de juros cobradas em suas operações, além da oferta de cestas de serviços mais vantajosas para pessoas físicas e jurídicas. No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu baixar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual: de 6,5% para 6% ao ano. O Banco do Brasil e o Itaú também anunciaram quedas nas taxas, mas, inicialmente, bem menos significativas que as da CEF. O corte na Selic, e nas taxas ao consumidor, era aguardado, como forma de desafogar um pouco despesas com dívidas acumuladas e tentar incentivar o consumo, mas os analistas econômicos consideram que os cortes, sozinhos, não conseguem estimular uma retomada.
A produção industrial brasileira voltou a cair em junho (-0,6%). No primeiro semestre, o setor acumula queda de 1,6%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados pelo IBGE em 1º de agosto.
Na Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com os dados de junho, a falta de demanda está entre os principais problemas enfrentados pelo setor. O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual caiu 3,9 pontos no mês. E o índice de evolução dos estoques ficou em 51,1 pontos. Desde fevereiro, o índice se mantém acima dos 50 pontos.
O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), passou de 91,3 pontos em junho para 89,8 pontos em julho. É a quinta queda consecutiva.
A pesquisa da CNC que mede o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu, em julho, seu menor patamar desde novembro de 2018, em 114,6 pontos. Foi o quarto mês consecutivo de queda, com redução de 1,1% em relação a junho.
O Indicador de Confiança do Consumidor, medido pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) caiu de 49,0 pontos em janeiro para 44,9 pontos em julho. O levantamento aponta que, a cada dez brasileiros, sete (66%), avaliam negativamente as condições atuais da economia.
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