O livro Mil Folhas, de Carlinhos Santos, tem lançamento em Porto Alegre
Foto: Janete Kriger/Divulgação
Foto: Janete Kriger/Divulgação
O jornalista Carlinhos Santos lança no próximo dia 18, às 19h, na Livraria Clareira (Rua Henrique Dias, 111 – Bom Fim), o livro Mil Folhas. Contemplada pelo edital de 2022 do Financiarte, fundo de financiamento da Secretaria de Cultura de Caxias do Sul (RS), a publicação reúne textos curtos originalmente publicados na Coluna 3por4 do Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, e outras escritas inéditas em prosa.
O livro, que segue o formato de bolso, também tem desenhos da artista Vivi Pasqual. O projeto gráfico é do designer Marco Verdi. Durante o lançamento e sessão de autógrafos, o poeta e músico Richard Serraria participa de um bate-papo com o autor.
Os textos curtos reunidos no livro propõem um versejamento do corriqueiro, na descrição de paisagens e encontros furtivos captados em frames do cotidiano através da organização de coleções de palavras. Eles saúdam a transitoriedade de furtivas cenas tentando resguardá-las, a seu modo e métrica, por um tempo a mais. Nos textos inéditos em prosa o autor deriva por descrições de sensações e impressões sobre instâncias do humano espalhadas por lugares do mundo. Uma escrita feita com atravessamentos e referências de arte e música, ídolos e personagens ficcionais, estações do tempo e da vida.
Foto: Reprodução/Divulgação
Foto: Reprodução/Divulgação
Em resenha recente sobre a publicação, o poeta, músico e escritor Richard Serraria escreveu que “A obra tem duas águas, sendo a parte inicial mais “haikaileska”, baseada em imagens e priorizando achados fonéticos (palavra que chama palavra) e embaralhando sentidos, já que poesia também pode ser primordialmente sonido. Ou melhor, propondo invenção de sentidos a partir do ouvido, poesia em voz alta. São flashes curtos, transitórios e furtivos, uma poética do instante destacando momentos de poesia concreta em tempos de imediatismos virtuais.”
Carlinhos Santos é jornalista cultural. Formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Unisinos, também fez licenciatura em História na Universidade de Passo Fundo. Quando era adolescente, tinha uma camiseta amarela onde estava escrito “par, parar, parir, par & par, participar”. Gostou daquilo. Pôs-se a enumerar e colecionar e juntar palavras. Decidiu fazer da escrita um jeito de registrar as coisas do mundo. Trabalhou em redações de Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Caxias do Sul. Fez especialização em Corpo e Cultura, derivando para as escritas sobre dança. Acredita ser possível coreografar palavras, dançando com elas. No Mestrado em Educação da UCS enfileirou os termos “corpo”, “dança” e “educação” para escrever sobre a trajetória da Cia Municipal de Dança de Caxias do Sul. Como Caetano, sempre fica atento à margem da palavra. Suspira toda vez que ouve Elis cantar “prazenteira” da música do Tom. Lê e relê Cacaso, Ana C., Caio F., Leminski. Tem um gato chamado Miú. Faz análise e sonha.
Vivi Pasqual é artista e também musicista. Toca flauta, faz desenhos em placas, bordado, papel, bandeiras, camisetas e restos de tecido. Sua intuição estética é carregada de humor e inquietação, criando um universo de criaturas, histórias e tipos improváveis, mas que estão ali, desafiando o olhar.