CULTURA

Escritor, chargista e psicanalista analisam a obra de Millôr Fernandes

Bate-papo “Cem anos de humor do nosso amigo Millôr” comemora pela primeira vez o centenário do Guru do Meier, com entrada franca na Álvaro Moreyra
Da Redação / Publicado em 15 de agosto de 2023
Escritor, chargista e psicanalista analisam a obra de Millôr Fernandes

Foto: Divulgação

Humor, irreverência e ironia de Millôr serão lembradas no centenário do jornalista

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O centenário de nascimento do jornalista, escritor e humorista Millôr Fernandes, em 16 de agosto, será celebrado com um bate-papo sobre a obra do Guru do Meier. É a primeira vez que o Millôr Day é motivo de comemoração.

Nesse dia, o escritor Breno Serafini, o psicanalista Abrão Skavutzky e o cartunista Santiago celebram Cem anos de humor do nosso amigo Millôr, num debate descontraído sobre a obra do Millôr. O encontro acontecerá na Sala Álvaro Moreyra (Centro Municipal de Cultura – Av. Erico Verissimo, 307), às 19 h, com entrada franca.

Millôr Fernandes nasceu no dia 16 de agosto de 1923, no Rio de Janeiro. Foi um dos mais importantes e influentes artistas do humor no Brasil, ganhando destaque por sua irreverência, ironia e crítica social presentes em seus textos, charges e peças teatrais.

Na década de 1960, conquistou notoriedade por suas colunas de humor em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil, que se tornaram um marco do humor e da contestação política durante o regime militar no Brasil.

Breno Serafini é autor de Millôres dias virão (Libretos Editora, 2013) resultado de um mergulho na obra do provocativo e instigante multiartista, falecido em 2012.

Fartamente ilustrado por citações de Millôr, o livro proporciona uma excelente aproximação ao homem e a uma parcela pouco lembrada de sua obra: as crônicas publicadas nas revistas Istoé e Istoé/Senhor durante o período de redemocratização do país.

O autor faz uma análise da obra do multiartista, estabelecendo uma contextualização histórica mais ampla e as relações entre humor, arte e papel do intelectual.

Os temas abordados compõem um quadro que permite examinar as formas com que se dá a leitura milloriana da realidade, em que, por trás de um discurso por vezes escrachado, por vezes sério, desponta com extrema ironia uma crítica dos fatos políticos e culturais de nosso tempo, desnudando um conjunto de características fundantes do homem, não apenas brasileiro, mas universal.

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