Ex-reitora da Urcamp é demitida por justa causa
Foto: Urcamp/Divulgação
A ex-reitora do Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp), professora Lia Maria Herzer Quintana, foi exonerada da Instituição por justa causa, por conta de episódios ocorridos durante a eleição para a Reitoria no ano passado.
A informação é do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), responsável pelas homologações das rescisões de professores da rede privada no Rio Grande do Sul.
Lia exerceu o cargo de reitora por uma década. Ela não se reelegeu no último pleito, sendo derrotada pela chapa do professor de Educação Física, Antônio Evanhoé Pereira de Souza Sobrinho. Foi uma das eleições mais disputadas e controversas da história da Urcamp e da Fundação Áttila Taborda (mantenedora da Universidade).
Antes e depois do pleito (ainda sub júdice) ocorreram várias disputas jurídicas. Numa delas, a ex-reitora foi acusada de agredir dois funcionários da Urcamp e o caso foi parar na polícia.
Esses dois servidores registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento contra Lia. O episódio ocorreu no final de setembro do ano passado e ganhou repercussão, inclusive, no Extra Classe.
Os funcionários, um professor e um jornalista, faziam parte da equipe de transição da nova reitoria.
De acordo com a Folha do Sul, a demissão teria sido resultado desse caso. O jornal local divulgou, inclusive, o número do processo crime, que foi movido pelos dois funcionários contra a ex-reitora.
De acordo com o diretor Marcos Fuhr, o Sindicato dos Professores não homologa rescisões por justa causa e entrou em contato com a Urcamp para reverter os termos da rescisão.
“O chefe de gabinete da Reitoria nos informou que a decisão da Instituição não seria modificada”, relatou Fuhr.
O jornal Extra Classe entrou em contato com a Urcamp. De acordo com o assessor de imprensa, nem a Reitoria, nem a assessoria falarão sobre o caso.
Em contato com a ex-reitora, ela disse que ainda está com avaliando o caso com seus advogados.
“Em resposta sobre a demissão por justa causa, gostaria de esclarecer que vemos essa decisão como uma evidente perseguição política. Lamentamos profundamente a postura adotada pela atual gestão da Urcamp. Estou comprometida em buscar a reversão desta medida por meios legais e apropriados”, disse Lia Quintana.