Tentativa de golpe gera onda em defesa da democracia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foi realizada na manhã desta segunda-feira, 9, reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os chefes dos demais poderes sobre a tentativa de golpe de estadoe atos terroristas em Brasília no domingo, 8. Nota conjunta manifesta união dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário na defesa da democracia.
Também participaram o ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, além dos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli.
O documento foi assinado pelos Presidente da República, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) e a ministra Rosa Maria Pires Weber, Supremo Tribunal Federal (STF). O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) assinou como Presidente em Exercício do Senado.
Além de repudiar “os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília”, a nota enfatiza que as providências institucionais estão sendo devidamente tomadas conforme a legislação do Brasil.
Em uma conclamação para que a sociedade mantenha serenidade e a defesa da paz e da democracia no país, a nota enfatiza que o país “precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”.
CPI dos Atos Antidemocráticos e tentativa de golpe
No Senado já foram coletadas 31 assinaturas, quatro além das 27 necessárias, para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para tratar dos Atos Antidemocráticos que vêm ocorrendo no Brasil.
A CPI é uma proposta de lideranças de governo. O objetivo é “investigar a responsabilidade” de todas as pessoas que contribuíram para os atos terroristas de violência, depredação e intolerância que praticamente destruíram as sedes dos três poderes no domingo, 8.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), interrompeu uma viagem de férias à França para retorna à Brasília. Ele deve chegar já nesta terça-feira, 10, com a ideia de instalar a comissão. O presidente
Reunião do Congresso e governadores
Ainda há a expectativa de que até a noite dessa segunda-feira, 9, o presidente do Senado convoque sessão do Congresso Nacional provavelmente para a noite desta segunda-feira, 9, para analisar o decreto de intervenção no Distrito Federal emitido ontem pelo presidente da República. “No mais tardar, nas primeiras horas da terça”, informa o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP).
Após o encerramento do encontro com os chefes dos poderes Legislativo e Judiciário, Lula iniciou reunião com os ministros da Defesa e da Justiça e Segurança Pública, José Mucio Monteiro e Flávio Dino (PSB).
As 18 horas desta Lula deve se encontrar com diversos governadores que articularam ainda no domingo uma reunião com o presidente da República para manifestar sua solidariedade e também traçar ações comuns contra o terrorismo que está sendo praticado por bolsonaristas no país.
Os governadores Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), de São Paulo, ex-ministro bolsonarista e Ratinho Júnior (Carlos Roberto Massa Jr (PSD), do Paraná anunciaram que não participarão da reunião. Romeu Zema, do partido Novo, governador de Minas Gerais, até o fechamento desta matéria anjda não havia confirmado presença.
Leia a íntegra da nota:
“Nota em Defesa da Democracia
Os poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem (domingo) em Brasília.
Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras.
Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria.
O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação.”
*Com edição e colaboração de César Fraga
Leia também:
Lula decreta intervenção federal em Brasília para punição exemplar aos terroristas
tentativa
tentativa
tentativa