POLÍTICA

Apoiadores de Bolsonaro atacam Alckmin e são presos por desacato a policiais

Inconformados com o resultado da eleição, membros do “União dos Patriotas” interpelaram o vice eleito em hotel no DF, alegaram fraude no pleito e desacataram agentes da PF
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 24 de novembro de 2022

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Coordenador da equipe de transição, Alckmin foi interpelado por “patriotas” na saída de hotel em Brasília. Agentes da PF que fazem a segurança do vice eleito e interferiram foram alvo de desacato

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Agentes da Polícia Federal (PF) responsáveis pela segurança de Geraldo Alckmin (PSB) detiveram na noite de quarta-feira, 23, dois homens que abordaram e ofenderam o vice-presidente eleito, na entrada do hotel onde ele está hospedado, em Brasília.

Alckmin conversava com um grupo de pessoas na recepção do hotel, quando Rosemário Queiroz, vestindo uma camiseta com a inscrição “União dos Patriotas” (UPB) entrou e destilou ofensas ao ex-governador de São Paulo e vice-presidente eleito.

Queiroz disse que Alckmin seria “uma vergonha”. Ao ser interpelado pela segurança do vice-presidente eleito, ele passou a ofender os agentes da PF, chamando-os de “vagabundos” por estarem “defendendo um ladrão”.

Conforme o Boletim de Ocorrência (BO) lavrado, o bolsonarista ainda afirmou que estava exercendo o seu “direito de expressão”.

No final da discussão, Alcides Frederico Moraes Werner apareceu, conforme os agentes da PF “visivelmente armado”.

Werner também usava uma camiseta da suposta UPB e questionou a atuação dos seguranças, afirmando “eu que sou policial”. Ele afirmou ser agente aposentado da PF.

Amigo de Queiroz, ele repetiu as mesmas ofensas ao vice e aos agentes, alegou que as eleições teriam sido fraudadas e que Alckmin e Lula não “subiriam a rampa” do Palácio do Planalto em janeiro.

Segundo relatório dos agentes responsáveis pela segurança, a equipe interveio para evitar que os ânimos se exaltassem e que foi feito “uso progressivo da força”, destacando que nenhuma arma de fogo foi sacada.

Queiroz e Werner foram detidos por desacato e encaminhados para a Superintendência da PF no Distrito Federal, assinaram um termo e foram liberados.

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