Documentário Mãe Solo é tema de debate na Cinemateca Capitólio, nesta quarta-feira, 3
Foto: Divulgação
Ser mulher, mãe, negra e moradora de comunidade são as coincidências da vida de Keisiane Santos, 24 anos, e Lúcia Batista, 63 anos. Além disso, ambas compartilham suas dificuldades e contam suas histórias no documentário “Mãe Solo”. O curta-metragem capta a vivência dessas mulheres que, com 40 anos de diferença, enfrentam dificuldades parecidas com a realidade de ser mãe solo no Brasil.
A obra será tema de uma sessão comentada na Cinemateca Capitólio nesta quarta-feira, 3, às 20h30min. A entrada é gratuita e contará com a presença da diretora do documentário, Camila de Moraes, da rapper e mestranda em Arte e Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Negra Jaque, e da especialista em Direitos Humanos, Maria Conceição Lopes Fontoura.
Para Negra Jaque, o documentário apresenta várias camadas, inclusive o acesso ao cinema. É a primeira vez que a rapper estará na Cinemateca Capitólio. Outro aspecto é a representatividade e o reconhecimento nas histórias relatadas.
“Estamos falando de mulheres pretas que se reconhecem nas histórias e é importante a gente se reconhecer e ver que não está sozinha. De Salvador ao Rio Grande do Sul, como um todo, existem muitas mães nesta situação. Então, estas vivências precisam ser compartilhadas e discutidas para as próximas gerações terem um alívio e conseguirem ter um equilíbrio muito maior entre pais, mães e estas responsabilidades”, afirma.
O debate trará reflexões sobre como a mulher é responsabilizada pela criação dos filhos, tendo que conviver, em muitos casos, com a falta de apoio e acolhimento da família, dos pais das crianças, da sociedade e do Estado. O curta, além de compartilhar relatos autorais de mães solo, também traz uma análise da situação com a socióloga e ativista Vilma Reis. Ela explica como o problema tem origem em “fatos que estruturam seu lugar na pirâmide social”.
SERVIÇO
Sessão comentada do documentário “Mãe Solo”, com Camila de Moraes (diretora), Negra Jaque (rapper e mestranda em Arte e Educação) e Maria Conceição (especialista em Direitos Humanos)
Quando: Quarta-feira, 3 de agosto, às 20h30min
Onde: Cinemateca Capitólio – Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico/Porto Alegre
Entrada franca
Douglas Glier Schütz é estagiário de jornalismo, com supervisão de Valéria Ochôa, editora.