Marielle Franco terá estátua no Rio de Janeiro
Foto: Luna Costa/Instituto Marielle Franco
Estátua em homenagem à vereadora assassinada do Rio de Janeiro Marielle Franco será inaugurada em 27 de julho na Praça Mário Lago, no centro do Rio de Janeiro. O dia coincide com o aniversário da parlamentar, que faria 43 anos de idade. O evento ocorre 48 horas após o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A Promoção é do Instituto Marielle Franco que foi fundado e segue mantido por familiares de Marielle.
Foto: Instituto Marielle Franco/ Divulgação
Marielle foi executada em uma emboscada feita por milicianos em 14 de março de 2018, no qual também foi assassinado o motorista da parlamentar, Anderson Pedro Gomes.
O monumento de bronze é assinado pelo escultor Edgard Duvivier e tem tamanho real, de 1 metro e 75 centímetros. A obra foi custeada por uma vaquinha virtual promovida pelo instituto em 2021. Cerca de 650 doadores geraram um recurso próximo de R$ 40 mil.
Para o ato da inauguração está prevista uma aula pública com intelectuais negras e uma “batalha” de poetisas.
O trabalho de Duvivier foi entregue em abril passado. Na ocasião, o Instituto Marielle Franco comemorou em suas redes sociais: “A Estátua Marielle Franco está pronta! Estamos muito emocionadas em compartilhar que a estátua da Mari, feita pelo Edgar Duvivier, está finalizada. Seguimos na defesa da memória de Marielle, das mulheres negras e do povo preto!”, foi o registrado.
Quatro anos sem desfecho
O site do Instituto mantém um contador que mostra que o caso do assassinato de Marielle e de Anderson já passa dos quatro anos sem um desfecho.
As investigações ainda buscam apontar os mandantes e a motivação do atentado. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) afirma que colheu novos depoimentos que podem colaborar na apuração.
Segundo o MP/RJ, a Operação Calígula que foi realizada em maio pode dar um caminho para que o mandante do crime seja identificado. Uma das hipóteses é o contraventor Rogério de Andrade, filho do banqueiro do bicho Castor de Andrade, morto em 1997.
Os acusados da execução, o policial militar (PM) reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, estão presos. A Justiça decidiu que os dois vão a júri popular, mas, devido a recursos, a data ainda não está marcada.