Facebook bane páginas brasileiras do QAnon, movimento extremista apoiador de Bolsonaro

Foto: Tony Webster, https://flic.kr/p/2hQ17sg, CC BY 2.0, https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/

Militante norte-americano pró-Trump vestindo camiseta alusiva ao movimento QAnon, durante passeata em  Minneapolis. No Brasil, camisetas alusivas aos extremistas de direita são vendidas na internet, por exemplo, nas Lojas Americanas

Foto: Tony Webster, https://flic.kr/p/2hQ17sg, CC BY 2.0, https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/

Páginas que promoviam o movimento de extrema-direita QAnon no Brasil foram removidas do Facebook na última segunda-feira, 31. Ao todo, a plataforma cancelou o espaço de cinco páginas que, juntas, congregavam 572 mil seguidores ou membros no país.

O QAnon é originário dos Estados Unidos e se utiliza de teorias da conspiração para passar suas ideias e visões de mundo.

A versão brasileira do QAnon tem crescido e sido incentivada em fóruns de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Entre as teorias de conspiração e boatos fomentados pelos ativistas está a que buscava vincular a imagem de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a “orgias com garotas” organizadas pelo médium João de Deus.

Entre as páginas brasileiras que promoviam fake news banidas pelo Facebook estão “Brasil o País Do Futuro”, “O Vetor Oculto” e “Q Anon Brasil”. Em comum, teorias da conspiração e suporte às políticas de Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Publicações que tentam passar a ideia de que as máscaras usadas para inibir a proliferação do Covid-19 teriam efeito contrário e a que a termômetros infravermelhos para a aferição da temperatura traria malefícios à glândula pineal são as mais recentes discussões disseminadas pelos extremistas.

Na política do Facebook, posts ou páginas com teorias de conspiração podem ser publicadas desde que não estimulem comportamentos violentos na rede ou fora dela. Sobre o banimento das páginas adeptas do QAnon no Brasil, a plataforma não declarou os motivos específicos.

Disse em nota, no entanto, que elas violaram suas regras e que “conteúdos associados com o movimento QAnon serão removidos quando identificadas discussões de potencial violência”.